Jovens populares contestam murais
Raquel Mesquita
Ana Beatriz Rodrigues
O Núcleo de Estudantes Populares da Universidade de Coimbra (NEPUC), com o apoio da Juventude Popular (JP), pretende enviar uma carta aberta ao Ministério Público, Câmara Municipal de Coimbra e Polícia devido aos murais existentes na cidade.
A medida tem como base um conjunto de acontecimentos que, na opinião dos jovens populares, tem aumentado nos últimos tempos. O presidente do NEPUC, Fernando Neves, afirma que, “com as eleições para a Direcção–Geral da Associação Académica de Coimbra e as presidenciais, houve um aumento dos murais dentro da zona histórica e um pouco por toda a Universidade”.
Candidata a Património Mundial da UNESCO, Coimbra é uma cidade que vive essencialmente dos estudantes e do turismo. “O problema é, neste momento, a imagem da cidade estar denegrida, cheia de cartazes e murais com frases politicas, apolíticas e assinaturas”, acrescentou Fernando Neves.
Também alvo das críticas dos populares foi o facto de ser feito um mural sobre um candidato presidencial, algo que o presidente da JP de Coimbra, Hélder Faria, criticou. “É importante referir que a parede tinha sido pintada há menos de um mês, o que implicou custos. Nem a polícia nem a câmara
interferiram”, refere.
Investigar, apurar responsabilidades e condenar os responsáveis são medidas que os estudantes populares querem ver implementadas por parte das autoridades e da Universidade. Segundo Hélder Faria, “é a imagem da Universidade e da cidade que está em jogo”, considerando haver outras formas de publicidade e propaganda que não implicam a deterioração do património.
Tratando–se, fundamentalmente, “de uma questão de civismo”, o NEPUC defende ainda a disponibilização, por parte das entidades competentes, de locais próprios para o efeito, à semelhança do que acontece em Lisboa e no Porto.
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