Centenas de milhar de estudantes, que saíram às ruas de todo o país para protestar contra o polémico Contrato de Primeiro Emprego (CPE), para jovens menores de 26 anos.
Em Paris, a manifestação de segunda congregou mais de 200 mil pessoas. Em Nantes mostraram-se 100 mil manifestantes e 50 mil pessoas em cidades como Brest e Bordéus.A crescente sensibilização do sector estudantil e dos jovens em geral, únicos destinatários do executivo de colocar contra as cordas o seu Primeiro-ministro e forçá-lo a que renuncie a esta nova modalidade contratual.
Será, que os estudantes portugueses estão menos consciencializados, que os de França?
Então, porque é que, não fazemos manifestações destas?
Será que o Movimento Estudantil Português não sabe mobilizar?
Será que os Estudantes Universitários Portugueses concordam com as medidas apresentadas com o Governo?
Será que o Movimento Estudantil Português é que está mal?
Então, porque é que, se CONTINUAM a realizar manifestações (com poucas centenas de jovens universitários), vigílias (com 150 pessoas), encerramentos de universidades, pintam-se paredes (com palavras de ordem contra as propinas) e invasões a Senados???????????????
A MAIORIA CONCORDA COM AS PROPINAS E BOLONHA, SE NÃO ESTARIAM MILHARES DE JOVENS NAS RUAS A MANIFESTAREM-SE.
Algo vai mal e parece-me ser o Movimento Estudantil Português, que não é capaz de enxergar, que os estudantes universitários não se revêem nas suas causas e lutas.
Por isso, a falta de adesão dos estudantes, nas acções de luta no Ensino Superior Português.
Termino, apelando aos dirigentes associativos, que revejam as estratégias e as prioridades, assim contribuindo efectivamente para um melhor Ensino Superior Português.
A criação destas salas é chutar a bola para canto! O consumo, bem como o tráfico, não ficam resolvidos, os obstáculos não são transpostos, apenas se esconde uma realidade que carece de solução séria.
A avaliar pela medida, parece que o Estado pretende manter os toxicodependentes num estado letárgico, a fim de evitar outros problemas.
E assim é a dignidade da pessoa humana que fica posta
Não conseguimos conceber a aplicação de dinheiros públicos para a manutenção deste martírio. Somos pela resolução pragmática dos problemas e nesse sentido jamais colocaríamos em questão a aplicação de verbas, no entanto, quando o que está em causa é o mascarar de uma realidade e a perpetuação de um sofrimento, julgamos não ser esse o caminho a seguir.
As salas de chuto implicam a desresponsabilização do Estado na sua mais perfeita acepção. Em primeiro lugar porque, a resultar, o que duvidamos, apenas permite diminuir o grau de exigência da sociedade para com o Estado quanto à resolução eficaz deste flagelo. Em segundo lugar, porque no seu regime jurídico é referido que “o acto de consumo é da inteira responsabilidade do utente”, ou seja, é criado espaço para o total descarte de eventuais problemas, bem como, o distanciamento frígido da própria acção.
A solução reside numa aposta forte na prevenção, na construção de mentalidades saudáveis, no combate esmagador ao tráfico, no apoio e promoção da desintoxicação e na reinserção sustentável e seu acompanhamento.