Ministro Mariano Gago na Assembleia da República


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Todas as instituições de Ensino Superior serão obrigadas a recolher e divulgar informação sobre o emprego dos seus diplomados, anunciou ontem, na Assembleia da República, o ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Mariano Gago. Tal medida, a concretizar no prazo de seis meses, merece o aplauso de alguns reitores e o repúdio de outros.

Ao Estado caberá garantir a disponibilidade pública da informação, bem como assegurar que os candidatos podem compará-la. Ou seja, na hora da escolha, os alunos saberão quais as instituições e cursos mais capazes de abrir-lhes as portas do mercado de trabalho.Leopoldo Guimarães, presidente da Comissão Especializada do Conselho de Reitores das Universidades Públicas afirma que algumas instituições já cumprem o requisito. Na Universidade Nova de Lisboa, de que Leopoldo Guimarães é reitor, os cursos nas áreas da Engenharia, Gestão e Economia apresentam taxas de empregabilidade, nos primeiros seis meses após a licenciatura, próximas dos cem por cento. O mesmo não se passa com as Humanidades, admite. Quanto à Universidade de Lisboa, “há dez anos” que informa acerca da inserção dos seus diplomados no mercado de trabalho, diz o reitor, António Nóvoa.Já para Rui Verde, vice-reitor da Universidade Independente, divulgar informação deste género “é um disparate completo.” “Não é exequível para as universidades inserirem os licenciados no mundo do trabalho. Devemos apoiá-los, e isso já fazemos, mas não ser obrigados.” Rui Verde sublinha que as universidades não são empresas, mas locais onde se aprende e ensina. “O prestígio do bom ensino cativa as empresas que procuram os licenciados.” Quanto à divulgação do percurso dos alunos é considerada “pidesca”.MAIS AUTONOMIANa Assembleia da República, o ministro Mariano Gago anunciou ainda que o Governo vai promover o debate e apresentar uma proposta de reforma do modelo jurídico do Ensino Superior que dê maior autonomia às instituições. REVISÃO DOS REGIMES ESPECIAISFuncionários em missão diplomática no estrangeiro e familiares; bolseiros portugueses no estrangeiro ou funcionários em missão oficial; oficiais do quadro das Forças Armadas; bolseiros dos PALOP; funcionários estrangeiros de missão diplomática em Portugal e familiares; atletas de alta competição, naturais e filhos de naturais de Timor-Leste. Estes são os beneficiários dos regimes especiais de acesso ao Ensino Superior que o ministro Mariano Gago pretende rever para evitar que alunos com piores notas passem à frente dos outros. Aos requerentes dos regimes especiais, nomeadamente àqueles que tenham terminado o Secundário no estrangeiro, não são exigidas as provas de acesso do contigente geral. Os bolseiros nacionais dos PALOP são quem mais usufrui dos regimes especiais e aqueles cuja aferição académica é mais difícil de realizar. Estes regimes ganharam visibilidade quando, em 2003, a filha do então ministro dos Negócios Estrangeiros, Martins da Cruz, invocou o relativo aos familiares de diplomatas para aceder ao curso de Medicina. Só que Diana Martins da Cruz terminara o Secundário em Portugal e, nos termos da Lei, a excepção só se aplica quando isso acontece no estrangeiro. O ministro do Ensino Superior, Pedro Lynce, e Martins da Cruz demitiram-se. MINISTRO COM O PRESIDENTE NO ROTEIROO ministro Mariano Gago vai acompanhar, segunda e terça-feira, o Presidente da República, Cavaco Silva, no Roteiro para a Ciência, que começa no Porto e termina em Coimbra. A iniciativa, afirmou, “mostra que o Presidente, como o Governo, atribui grande importância à ciência”. Menos consensual foi a sessão na Assembleia da República. O deputado social-democrata, Pedro Duarte, lembrou que o presidente do partido, Marques Mendes, no último congresso do PSD propôs “um novo regime de autonomia para o Superior” e logo foi apresentado um diploma nesse sentido. “O vencedor deste debate foi Marques Mendes”, disse o deputado, porque “teve o mérito de conseguir acordar o ministro do Ensino Superior”. Mariano Gago considerou Pedro Duarte o vencedor da “ironia sem sentido”. CRISESEM TRABALHOO número de licenciados à procura de emprego aumentou 17 por cento em Maio, face ao mesmo período do ano anterior, para um total de 38 057 indivíduos, segundo o Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP). Do total de licenciados inscritos nos Centros de Emprego, 67 por cento são mulheres.FUGA DE CÉREBROSUm quinto dos portugueses licenciados não trabalha em Portugal. Segundo conclui um relatório do Banco Mundial, o nosso país é o mais afectado da Europa pela chamada ‘fuga de cérebros’. Portugal ocupa o 21.º lugar a nível mundial neste ‘ranking’, que inclui os países com mais de cinco milhões de pessoas.ESTADO-PATRÃOCom base nos dados obtidos no Censos de 2001, o INE chegou à conclusão que o sector público emprega metade dos licenciados.


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